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Notícias Na Alemanha, Jean Wyllys diz que sair do Brasil foi “recado ao mundo”

Publicada em 21/02/19 às 08:23h

por Yahoo


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 (Foto: vbombom.com.br)
Ex-deputado do PSOL, Jean Wyllys fez nesta segunda-feira (18), em Berlim, uma de suas primeiras aparições públicas após informar que abriria mão de seu mandato e iria embora do Brasil por causa de ameaças de morte, há pouco menos de um mês.

Em entrevista coletiva, contou que está vivendo na Alemanha com a ajuda de amigos e quer se inscrever em algum programa de doutorado. As informações são da Revista Veja.

Além de proteger sua vida após as ameaças, Wyllys afirmou que o objetivo de deixar o Brasil foi “alertar o mundo democrático e fazer com que os olhos deste mundo se voltem ao Brasil, como uma maneira de colocar o país sob vigilância e proteger as pessoas que estão ameaçadas”.

“Nesse sentido, minha saída é muito mais útil e poderosa do que a minha permanência. O recado político já foi dado. Minha decisão foi um ato de preservação da minha vida e proteção da minha família, mas também um recado ao mundo e uma maneira de deixar de naturalizar o que estava sendo naturalizado no Brasil”, acrescentou.

BOLSONARO É “MOLEQUE E INCOMPETENTE”

O ex-deputado também falou sobre a reação do presidente Jair Bolsonaro no dia em que ele informou que deixaria o Brasil. “Grande dia”, escreveu Bolsonaro no Twitter, o que a oposição interpretou como um gesto de comemoração.

“Ele e seu filho, o ‘zero dois’ [o senador Flávio Bolsonaro], comemoraram nas redes sociais. Esse é o nível do presidente do Brasil. Não basta ser um energúmeno, um incompetente, uma pessoa que esteve 30 anos no Parlamento e não produziu nada. Não basta ser um imbecil e incompetente que nada sabe sobre economia, políticas de saúde, educação, moradia e infraestrutura. Tem que ser esse debochado, esse moleque que trata a democracia dessa maneira. Ele só confirmou a minha decisão, só me deu razão de que, de fato, o Brasil não era mais o lugar para mim”, atacou o ex-deputado.

Wyllys ainda comparou Bolsonaro a seu vice, o general Hamilton Mourão. “Chegamos a um ponto no Brasil em que consideramos o general Hamilton Mourão, com um histórico de extrema direita, como moderado. A que ponto chegamos? Ele é um militar de extrema direita, mas ainda consegue ser minimamente moderado, lúcido, diante do sujeito que é hoje presidente da república e que comemorou a saída de um deputado por conta de ameaças de morte”, declarou.

VIDA FORA DO PAÍS
Na última sexta-feira (15), Wyllys foi visto em uma sessão do filme Marighella, dirigido por Wagner Moura e apresentado no Festival de Cinema de Berlim.

“Minha vida ainda está se assentando. Estou em Berlim, não tenho moradia, conto com ajuda de amigos. Ainda não tenho um novo trabalho. Provavelmente vou me inscrever em um programa de doutorado. Existem conversas com instituições que podem me receber como pesquisador, como professor visitante. Existem conversas com diferentes instituições, mas ainda não há nada acertado”, explicou.

Wyllys afirmou, ainda, ter recebido uma proposta de asilo político do governo francês, mas que não pretende aceitá-la. “Há outras pessoas que precisam de asilo político. Para mim, permanecer aqui com um visto de estudante ou pesquisador é muito melhor do que um asilo político”, declarou.

AMEAÇAS DE MORTE
Desde o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), em março do ano passado, Jean Wyllys vivia sob escolta policial.

Primeiro parlamentar assumidamente gay a encampar a agenda LGBT no Congresso, ele se tornou um dos principais alvos de grupos conservadores.

Em janeiro, o jornal O Globo teve acesso às ameaças feitas ao deputado: “Vou te matar com explosivos”, “já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”, “vou quebrar seu pescoço”, “aquelas câmeras de segurança que você colocou não fazem diferença”.

Mensagens como estas eram disparadas pelas redes sociais, no e-mail e telefone do gabinete em Brasília, ou no e-mail pessoal de Jean Wyllys.










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