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Agropecuária é apontada por especialistas como uma das causas do surgimento de pandemias

Publicada em 25/05/20 às 08:33h

por Green Me


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 (Foto: Green Me)
Nas últimas décadas, a agropecuária tem sido terreno fértil para o desenvolvimento de novas doenças infecciosas devido à aglomeração de animais que vivem em condições precárias, abstraídos da natureza, em confinamento, e forçados a produzir mais para servirem ao consumo humano.

Todas essas condições são combustível para pandemias, não só da Covid-19. Outras futuras doenças contagiosas podem estar a caminho por conta desses fatores. Especialistas alertam que a situação já é crítica e se continuar assim tende a piorar, com a humanidade vivendo sob a ameaça de novos e diferentes surtos.


Segundo o Greenpeace, mais de 70% da área agrícola da Terra é destinada à produção de carne e produtos de origem animal, considerando pastagens, lavouras para alimentação animal e fazendas.

A criação de animais e a agricultura industrial são os principais impulsionadores da destruição das florestas globais e os pesquisadores estimam que 31% das epidemias emergentes, como HIV, Ebola e Zika estão relacionadas à mudança no uso da terra e à invasão humana nas florestas tropicais.

Consumo de carne e doenças: mais um motivo para rever seus hábitos alimentares 
Estima-se que 73% de todas as doenças infecciosas emergentes provêm de animais, e que os animais de criação possam ser vetores de um grande número de vírus e outros micro-organismos aos seres humanos, como exemplo, coronavírus e vírus influenza.

Fatos que ilustram esses apontamentos são as fazendas intensivas de aves e suínos, nas quais os animais são mantidos em contato próximo e vivem em um número muito grande de indivíduos concentrados no mesmo espaço, o que favorece a proliferação de doenças.

E se o Coronavírus infectar granjas e abatedouros?
Por tudo isso, a Organização das Nações Unidas – ONU e a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar – EFSA identificam que a agropecuária contribui para disseminação de doenças infecciosas.

“As doenças transmitidas direta ou indiretamente por animais – incluindo gado – aos seres humanos são chamadas zoonoses. Uma grande proporção de todas as doenças infecciosas em humanos vem de animais”, disse Valentina Rizzi, especialista em doenças da EFSA, ao Jornal Independent.

Comércio de animais
Não podemos deixar de lembrar e abrir um parênteses que, além da criação de animais em fazendas para a produção de alimentos de origem animal, outra prática econômica que contribui para as pandemias é o mercado de animais vivos.

Há indícios de que foi neste tipo de comércio que a pandemia do coronavírus teve origem. Nestes lugares, animais aglomerados em péssimas condições de higiene são vendidos vivos para serem abatidos no momento da compra. É, como se diz, um apetite por carne fresca que faz com que este tipo de lugar ainda exista em pleno século XXI.

Uma campanha global foi criada pedindo o fechamento desses mercados seja por causa dos maus-tratos, seja por serem focos de doenças.

Outra prática mercantil é a que envolve o tráfico de animais silvestres. Para combater a exploração animal e mais pandemias existe a petição online Pare com o comércio dos animais silvestres, reivindicando o controle e a fiscalização a fim de acabar com essa prática insana.

Visons, animais explorados pela indústria da moda, podem ser os transmissores do coronavírus ao homem
Agricultura orgânica e familiar
Com relação à criação de animais para servirem ao consumo humano, já faz muito tempo que ambientalistas e ativistas pelo bem-estar animal solicitam à União Européia e aos Governos Nacionais que parem de investir ou dar subsídios públicos, para a agropecuária industrial e, ao invés disso, apoie a agricultura orgânica e familiar ou de pequena escala.

As pandemias só podem piorar se os animais continuarem sendo explorados. Não é de se surpreender que, em 2016, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA alertou para novas doenças amplificadas pela crescente população mundial de gado para carne e laticínios.

A escolha do que comemos é um ato político e social
Um  novo relatório da Compassion in World Farming-CIWF intitulado “A próxima pandemia está em nosso prato?”  confirma que milhares de animais em fazendas industriais desempenham um papel fundamental no surgimento de patógenos, e que os alimentos devem ser considerados um bem público. Por isso, o relatório propõe políticas econômicas que permitam uma agricultura sustentável e um sistema alimentar que seja mais “compassivo, nutritivo e justo”.

Escolha fazer parte da solução
Com a viabilização de ações mais sustentáveis, ecológicas e livres de exploração cruel dos animais, é possível gerar mudanças positivas, tais como:

Garantir o bem-estar animal
Combater as mudanças climáticas
Acabar com o desmatamento
Garantir alimentos nutritivos
Reduzir o uso da água e a poluição
Melhorar a qualidade do solo
Restaurar a biodiversidade
Criar os animais de forma saudável e ética
Parar com o uso de antibióticos de forma frequente em animais criados para abate
Se essas ações e investimentos benéficos não forem cristalizados, continuaremos sob o risco de novas pandemias e isto não só os cientistas estão falando, como estamos vivendo no mundo atual.

É preciso o fim da agropecuária industrial
De acordo com pesquisas do Greenpeace, o setor pecuário europeu tem o apoio da Política Agrícola Comum (PAC) e,  dessa forma, já recebe direta e indiretamente, através da produção de alimentos para animais, entre 28 e 32 bilhões de euros por ano em subsídios dos cofres públicos da União Europeia, de 18 a 20% do orçamento total.

A esmagadora maioria destes investimentos são direcionados para explorações agropecuárias intensivas e de grande escala, que fornecem mais de 72% dos produtos de origem animal para a UE, enquanto explorações agrícolas menores continuam a desaparecer por falta de apoio governamental.

Petição online pelo fim da agropecuária industrial
Visando promover as mudanças necessárias para acabar com todos esses desequilíbrios provocados pela agropecuária industrial, a Compassion in World Farming – CIWF criou um abaixo-assinado online direcionado para os Banco Mundial, Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento, Corporação Financeira Internacional, Organização Mundial de Saúde, Organização Mundial de Saúde Animal, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.









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